Cientistas isolam gene de obesidade e diabetes

Cientistas do Imperial College de Londres afirmam ter descoberto um gene ligado à obesidade e à diabetes, que poderia contribuir para exames de diagnóstico.

Versões defeituosas do gene ENPP1 prejudicam o modo como o corpo armazena energia e lida com o açúcar, ao bloquear a produção do hormônio insulina. Crianças com versões defeituosas do gene já são obesas aos cinco anos de idade, afirma a pesquisa liderada por Phillippe Froguel.

O gene foi ainda associado à diabetes do tipo 2, agressiva nos adultos. Segundo o médico Phillippe Froguel, "o que é extremamente preocupante é que as crianças que apresentam esta mutação genética desenvolvem obesidade bem cedo - com cinco ou seis anos de idade - e a diabetes ocorre na meia idade". Acrescenta ainda que esta descoberta não leva à criação de uma "pílula mágica" para curar a obesidade e a diabetes do tipo 2, mas poderá ajudar a identificar indivíduos e grupos em alto risco.

Por último, o médico afirma que é tecnicamente possível realizar um exame para identificar quem tenha o gene defeituoso mas, para ele, este não seria o modo mais apropriado de atacar o problema da obesidade e diabetes, mas sim a introdução de medidas de saúde pública (ex: encorajar a indústria a diminuir a quantidade de açúcar e gordura dos alimentos, e estimular as famílias a fazer mais exercícios,...).

Produtos da herbalife sob investigação

Nove casos de toxicidade hepática que foram registados em pessoas que tomavam o produto dietético Herbalife levaram as autoridades espanholas de saúde a investigar uma eventual relação causal entre a toma do produto e a toxicidade verificada.

As autoridades espanholas, que admitem a dificuldade em estabelecer uma relação de causalidade, apelam para que os casos suspeitos de sintomas adversos sejam comunicados às autoridades sanitárias.

A Herbalife comercializa produtos dietéticos, complementos alimentares e alimentos com alegados efeitos adelgaçantes e “melhoram o bem-estar geral”. Os produtos são distribuídos ao domicílio, o que “dificulta muito o acompanhamento dos produtos, que legalmente deveria abranger toda a cadeia alimentar desde o início até ao consumo”, refere o Ministério espanhol da Saúde.

Cá em Portugal, os nutricionistas falam na ausência de estudos que permitam avaliar efeitos nocivos, contestando, portanto, uma administração sem aconselhamento médico.

"Consumo de transgênicos é seguro"

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou nesta quinta-feira um estudo em que afirma que os alimentos transgênicos actualmente no mercado não apresentam quaisquer riscos para o consumo.

“A comida (transgênica) que está actualmete no mercado foi submetida a rigorosos testes e é segura para o consumo“, diz Jurgen Schlundt, director para segurança alimentar da OMS.

Alimentação certa pode aumentar eficácia da medicação...

Artigo no 'Journal of Clinical Oncology' sugere que, com os alimentos adequados, a cura de determinadas doenças pode ser mais rápida.


As interacções entre medicametos e alimentos podem diminuir os custos de tratamento das doenças cancerígenas. Estudos efectuados na Universidade de Chicago revelam que a eficácia de determinado medicamento pode ser aumentada em 167% se tomado após uma refeição, em comparação com uma toma com o estômago vazio. Se a refeição for rica em gordura, o valor pode chegar aos 325%. Alguns trabalhos centraram-se especificamnete no sumo de uva; em alguns casos é possível diminuir até 80% da quantidade de medicamento, se o paciente o tomar com esta bebida.

O efeito acontece porque alguns alimentos são digeridos no mesmo órgão - o fígado - e através dos mesmos mecanismos que os fármacos. Se as enximas estiverem "ocupadas" com a comida, não estarão disponíveis para processar os medicamentos, deixando-os a circular durante mais tempo no organismo.